Editoriais
Voltamos, agora é pra valer
Sinceras desculpas aos assinantes, depois de quase 1 mês fora de circulação, o jornal A Folha de Jacutinga, está de volta, sem papas na língua, escrevendo o que nenhum outro jornal, além da Imprensa, tem coragem de escrever. Aqui não tem chapa branca, aqui não tem rabo preso, e não nos escondemos atrás de entidades.
O Circo Patrol
Fizeram um grande estardalhaço, foi de uma desnecessidade imensurável, foguetes e mais foguetes, para celebrar um dos grandes momentos da história, dos anais dos anais da história de Jacutinga, um acontecimento ímpar, jamais vistos por estas bandas, nada se compara a isso meus amigos, Jacutinga parou, o asfalto estremeceu, foi algo noticiado aos quatro ventos, uma coisa extraordinariamente extraordinária, uma coisa colossal, digo ainda, uma coisa do outro mundo, como se um disco voador pousasse no Estádio Municipal em plena calada da noite e de dentro do disco saísse Elvis Presley dizendo: Hey girl, I is not dead, é meu caro leitor desinformado, o que aconteceu foi... É... foi... O que foi mesmo? Ah, claro, a Prefeitura Municipal de Jacutinga comprou uma moto patrol 0 km. É isso aí!
Uma aula sobre Nicolau Maquiavel
Sabe quem foi Nicolau Maquiavel? É claro que você não sabe quem foi ele, a não ser que você seja um leitor que goste de filosofia, a pergunta seria, você gosta então de filosofia? Não, você não gosta de filosofia, porque isso é uma coisa muito, muito, mas muito chata e inútil para 90% da população, e creio eu que você não faça parte dos outros 10%, então, Nicolau Maquiavel, em italiano Niccolò Machiavelli, nasceu em Florença, no dia 3 de maio de 1469 e morreu em Florença,no dia 21 de Junho de 1527, ele foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Mas tudo isso não importa a mim, e muito menos a você, o que importa foi o que Nicolau Maquiavel disse, que foi exatamente o seguinte:
OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS
Vamos ao exemplo - Se eu fosse prefeito de uma certa cidade, e quisesse asfaltar uma rua velha de pedra, mesmo que essa rua fosse tombada pelo patrimônio histórico, eu teria que ter aprovação do Conselho de Patrimônio Histórico, e como eu não tenho essa aprovação e eu quero muito asfaltar a maldita rua velha de pedra, eu vou ter que dar um jeito, portanto:
OS FINS (asfaltar a rua velha de pedra) JUSTIFICAM OS MEIOS (trocar os integrantes do conselho de patrimônio histórico, um bando de chatos inconvenientes, que só pensam em cultura e história, por pessoas da minha patotinha, camaradinhas, indivíduos sem cultura e compromisso com a história, que vão aprovar o asfalto)
A isto damos o nome de manobra política maquiavélica.
Uma aula sobre carvão
Nas última semanas, todos acompanharam um série de trocas de farpas entre o programa Resenha de Dynâmica e alguns vereadores da Câmara Municipal, um falou daqui, outro respondeu ali, um se ofendeu aqui, e tal, tal, tal... Bem, obviamente este jornal não tem nada haver com essas discussões infrutíferas, porém, entretanto, portanto, isso se deu aos ouvidos públicos da população, através das ondas AM e FM, este minúsculo jornal, quer transcrever uma historinha bobinha sobre carvão, que pode ser muito bem aproveitada pelas partes em questão:
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho da casa. O pai, que estava no quintal, chama o menino.
Zeca, oito anos de idade, acompanha-o, desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado: “Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.”
Seu pai, homem simples mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o filho, que continua a reclamar: “O Juca humilhou-me na frente dos meus amigos; não aceito; gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.”
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até o abrigo, onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino acompanhou-o, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: “Filho, faz de conta que aquela camisa branca que está secando no varal é o teu amiguinho Juca, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento teu, endereçado a ele. Quero que tu jogues todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.”
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe dele, e poucos pedaços acertavam o alvo.
Quando o filho terminou a tarefa, o pai, que assistia tudo de longe, aproxima-se do menino e pergunta: “Filho, como estás a sentir-te agora?”
“Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.”
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquilo e, carinhoso, fala: “Vem comigo até o quarto, quero mostrar-te uma coisa”. O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado à frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto!
Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, diz, ternamente: “Filho, tu viste que a camisa quase não se sujou; mas, olha para ti! O mal que desejamos aos outros é como o que te aconteceu: por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.”
Leia, releia e reflita!
Em breve...
Os Reis do Abatedouro!